terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Nós
Eu e você...
Quanto tempo andamos por ai sem saber
Quantas madrugadas a brisa trouxe a lembrança do nosso amor
Quantas vezes precisamos nos perder para agora nos reencontrarmos
Beijos, promessas, abraços e sonhos adormecidos nos braços do tempo
Quanta saudade guardada que agora se traduz em toques
Olhares, sorrisos... e posso falar, sem dúvida, em felicidade!
Nós
Há tanto mistério em nós
Há tanto encanto
Há tanto sentimento
Quantas barreiras devemos ter quebrado para agora estarmos aqui
Um nos braços do outro e o outro nos braços do um
Desde quando nossos olhos estão olhando para nós?!
A beleza do que agora volta a despertar dispensa certas respostas
Por si só já se completa
Por si só já se traduz
Eu e Você
Nós!!!

Indy P. Farias

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Hoje sonhei com você
Me desculpe não ter avisado
Mas um sonho simplesmente acontece
Assim, como aconteceu nós dois
Hoje pude te abraçar e te beijar
Sem pressa e sem pudor
Nossos braços e lábios se tocavam
Saudosos e cheios de amor

Hoje acordei nostálgica de você
Tudo bem - é verdade - nosso corpo nunca se encontrou
Nosso cheiro nunca se misturou
Me desculpe não ter ainda arriscado
Mas paixão que acontece assim
É sempre bom ter cuidado

Hoje pela manhã a realidade me chamou
Retirando de mim esse sonho de amor
Agora você é figura, é desenho
Uma forma luminosa que me toca
Como um raio de Sol
Agora você é sinal
É certeza de que me apaixonei de verdade
É marca, é rastro
Agora você é parte de minha felicidade.


[O amor é brega - Fato]

Indy P. Farias




sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Desenho e texto: Indy Farias

E lá estava ele com um rosto traduzido em mistério
E ao mesmo tempo incertezas
Prestes a se jogar da ponte da vida
Prestes a cair no abismo da morte
Prestes a matar todos os seus sonhos e esperanças
Em sua memória todas as derrotas e dores que acumulou desta vida
A multidão que havia se formado gritava desesperada
Mas ele não ouvia
Assim como também ninguém ouvia seu grito de angústia e tristeza
Ele não enxergava aquelas pessoas
E aquelas pessoas só enxergavam a sua frente um homem covarde
Talvez ele fosse apenas isso mesmo
Elas pelo menos não enxergavam de fato o homem que ele havia se tornado
Talvez ele desejasse isso também
Talvez desejasse não enxergar esse homem vazio de vida que agora habitava dentro de si
Mas agora já era tarde
Estava a menos de um passo para matar tudo o que ainda pudesse existir, viver...
Estava a um passo de matar seu corpo... Afinal, de tudo havia restado apenas matéria
Seu espírito já estava morto, esquecido
Restava menos de um passo para aquele homem ser engolido de vez pela escuridão que emanava lá debaixo
E desta vez não havia mais cores, nem luzes em finais de túneis...
Desta vez não havia mais soluções
Só mesmo a morte
Só mesmo o fim.


... Nem mesmo paz poderá encontrar ...


domingo, 11 de outubro de 2009

" No dia que pensei em escrever os mais belos versos, todos resolveram fugir de mim...
E o meu papel ficou em branco, minha tinta nem sequer sujou a linha com um pingo, que poderia ter caído despercebido.
Ah!, como fui triste neste dia...
Era uma dia de domingo chuvoso, desses que as linhas, mesmo estando tortas, suplicam uma poesia, uma frase ou ao menos uma palavra
Mas eu... Eu não pude escrever nem uma vogal solta, quem dirá consoante!
Logo a chuva começou a amenizar e lá fora as gotas pareciam escrever a poesia no ar...
O latido do cachorro saia em forma de poesia...
O toque do telefone...
O cair de um talher na mesa...
A respiração do recém-nascido, a criança correndo, a muleta do idoso...
Tudo estava derramando poesia
Ela estava em toda a parte!
Mas que domingo triste...
A poesia não estava no meu papel
Os versos não preenchiam minhas linhas tortas
Nem as vogais... Nem as consoantes...
A poesia estava em toda parte!
Menos em mim..."



terça-feira, 8 de setembro de 2009

" Todos nós temos um dia daqueles...
Dias que resolvemos questionar todos os porquês dos nossos nascimentos diários... Das nossas dores e alegrias... Da nossa existência!
São dias que tudo não parece fazer sentido...
As nossas mais profundas dúvidas transbordam e caem...
Caem no chão do mundo e se multiplicam!
Dias em que nossos choros somam-se ao choro da miséria, da desigualdade social... Ao grito silencioso dos que não possuem voz...
Em que a luta diária pela sobrevivência parece ser em vão!
Todos nós temos dias assim, onde até a natureza resolve se pôr "contra" nós...
Uma chuva fora de hora, ou aquele Sol escaldante... A morte de uma árvore a que dávamos um valor especial!
Dias como esses apagam novas esperanças, novos brilhos...
Entretanto não podemos nos acomodar...
O sonho não pode acabar, já dizia o poeta!
É preciso lembrar que ainda há flores...
Ainda há cores!
É preciso sentir a brisa, as transformações
Sim... Por que não transformar?
O choro em sorriso!
A miséria em esperança!
Os questionamentos em elevação espiritual (...)
É preciso ver poesia...
E ainda há AMOR!
Basta nos permitirmos...
Basta sentirmos...
Basta...
Afinal, acima de tudo, é preciso fé e coragem para brincarmos nessa montanha-russa chamada VIDA ... !!!! "

Indy P. Farias



segunda-feira, 15 de junho de 2009




Arte/Edição e texto: Indy P. Farias

Deixa, deixa, deixa te falar dessa vida
Preciso demais desabafar
Preciso te contar do canto dos passarinhos
Eu não os escuto mais
Preciso te falar dos meus sonhos
Estão quase todos perdidos por ai
Numa rua qualquer
Em esquinas que desconheço ...
Alguns sei onde estão
Internados em UTI's
Mas mortos do que vivos
Preciso falar das cores do mundo
Por que não as enxergo?
Por que por onde passo é tudo tão preto em branco?
Ah... Como queria que essa tristeza fosse embora de uma vez
Mas a melancolia se apodera de mim
E já não sei mais para onde correr
Preciso te falar sobre meus segredos
Estão tirando de mim - a vida
O gosto de viver já não sei mais com precisão qual é
É tão confuso!
Cansei desse jogo ...
Às vezes tenho vontade de trapacear
Mas só para chegar logo ao fim
Ao 'THE END' do livro da minha história
Ah... Deixa eu te falar dessa vida
Mas - ... Que vida?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


Desenho e texto: Indy P. Farias

Pedacinhos de sonhos, saudades e coragem...

" A vida é feita de pedacinhos...
A Felicidade é um pedacinho de vida
Na vida há pedacinhos de sonhos que foram realizados...
Pedacinhos de sonhos que foram esquecidos, destruídos
Pedacinhos de sonhos que deixaram de ser apenas sonhos.
A Felicidade que é um pedacinho de vida trás consigo outros tantos pedacinhos
O da lembrança, o nostálgico
A nostalgia trás o pedacinho da coragem que se emenda com o pedacinho de sonho
A coragem de ter lutado para realizar
A coragem de ter transformado a imaginação em realidade
Esse pedacinho logo transforma-se no pedacinho de vida, Felicidade...
Que passado algum tempo volta a ser lembrança
Os pedacinhos formam uma colcha de retalhos em círculo e cheia de buraquinhos
Os buraquinhos são os pedacinhos invisíveis do que era para ser e nunca foi
Do que era pra ser sorriso e foi tristeza
Do que era pra ser vida e foi apenas existência
Do que era pra ser amor e foi mágoa
Do que era pra ser verdadeiro e foi apenas um pedacinho invisível. "