terça-feira, 31 de agosto de 2010


Durante muito tempo sentir ecoar dentro de mim uma felicidade 'perdida'
Uma paz que procurava desesperadamente encontrar seu porquê
Apesar de negar o amor, tinha convicção que ele habitava em mim
E de forma assustadora e bela eu amava alguém loucamente, alguém que eu não conhecia de fato
Que grito alegre era aquele que evadia do meu ser, por ter lembranças de algo que eu nem sabia ter vivido?!
Mesmo sendo alguém aparentemente esgotada de vida, de cores
Mesmo sendo alguém que passava parte dos dias sem acréscimos
Mesmo sendo alguém 'vazia' de grandes sorrisos-, existia em mim algo maior
Que contradizia essa carcaça sem vida
E tudo o que me perguntava é onde estava esse paraíso dentro de mim... De onde vinha?
De que época? De que dimensão?
Até que o vi pela primeira vez
Toda essa beleza suave que habitava em mim de repente resolveu ressaltar ao externo
Dos meus olhos saltaram uma luz tão eloquente
Que mais parecia que eu havia roubado duas estrelas e posto no lugar daquelas gudes sem cor
Ele era minha maior interrogação e simplesmente eu estava ali, misteriosamente contente por encontrá-lo (ou por reencontrá-lo)
Quando vi aqueles olhos e aquele sorriso
Quando o vi senti apenas um desejo: abraçá-lo e dizer que existiam dias que eu sentia uma saudade enlouquecida... Saudade do abraço que nunca havia sido dado,do beijo que nunca havia tocado os lábios... Do calor que a pele nunca tinha provado..
Senti vontade de beijá-lo e falar de sonhos, de amor...
Mesmo sem saber quem ele era, sabia que era ele!
Era ele por quem meu amor sussurrava toda noite
Era ele por quem eu sorria de forma nostálgica nos fins de tarde de inverno
Era por ele que meu coração eclodia em ternura e desejo
Assim, sem porquês
Sem razões
Que eu tinha certeza que o amava desde sempre e para todo o sempre...


Para aquele com quem compartilho a vida!


Indy P. Farias